quarta-feira, 20 de maio de 2009

No seu surgimento, a fotografia travou um embate com a pintura em razão da primeira despertar uma semelhança 'mais real' com seu referente que a outra; porém nesse trabalho não está em discussão essa semelhança e sim os limites desses dois meios que me possibilitam evidenciar o que vejo na imagem fotográfica e além dela. A pintura é, nesse caso, um meio de transformação da imagem fotográfica.

3 comentários:

  1. Interessante o embate entre real e referente. Eu acredito que uma fotografia pode ser tão artificial quanto uma pintura e vice-versa. É algo que sempre questiono quando escrevo um texto (talvez tal questionamente caiba aqui): o que é mais importante, estar comprometido com a realidade ou estar comprometido com a criação? Talvez as duas formas de pensar levem ao mesmo destino,talvez não.

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  2. Até o surgimento da fotografia a pintura era um dos meios existentes para a representação do mundo, com a aparecimento da fotografia a pintura pode se libertar da reprodução fiel da natureza possibilitando a pesquisa das suas próprias especificidades. Acho que entendo o que você quer dizer, quando alguém pega uma câmara fotográfica e apenas registra o que está acontecendo naquele momento é um documento daquela realidade. Quando me preocupo em revelar outras questões (além do registro) com esse meio estou comprometida com a pesquisa.

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  3. Como leigo em leitura de imagem, apenas me permito achadamente julgar que são duas técnicas da mesma expressão. A diferença está na opção do produtor, conforme a necessidade no momento da composição da obra.
    Pelo que percebo, o que está neste blog é exatamente uma leitura de uma fotografia através da técnica da pintura. Não que isso chegue a exemplificar o que eu mesmo acabei de comentar, mas acaba por demonstrar o quanto o limite é, no mínimo, discutível.

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