Acredito que num retrato fotográfico o rosto pode expressar o que existe de mais íntimo no sujeito ou ao contário, esconder qualquer sinal de interioridade - é quando a pessoa toma o lugar do sujeito e deixa o rosto transformar-se numa máscara. Ao colocar uma máscara escondemos nosso próprio rosto, nos disfarçamos, nos desviamos do nosso próprio eu para representar alguém deixando de lado nossa identidade. De acordo com Annateresa Fabris "Ao criar uma imagem ficcional, isto é, ao referir-se à pessoa, a pose permite analisar o retrato fotográfico pelo prisma do artifício, não apenas em termos técnicos, mas também pelo fato de possibilitar a construção de inúmeras máscaras que escamoteiam de vez a existência do sujeito original."
FABRIS, Annateresa. Identidades Virtuais: uma leitura do retrato fotográfico. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
terça-feira, 31 de março de 2009
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